Amputação: um trauma que precisa ser cuidado
- Antonio Irineu Aguillera

- 4 de jul.
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Atualizado: 11 de jul.

Necessita ser muito bem cuidado em todos os aspectos do ser humano, físico, psíquico e espiritual. Nesse trauma além da dor física temos uma abrupta ruptura na imagem corporal, na identidade e na relação com o mundo.
O luto simbólico pela parte do corpo perdida precisa ser vivido, ignorar esse processo ou negá-lo pode agravar quadros de depressão e ansiedade.
A forma como a pessoa se vê pode ser profundamente abalada após um acidente, portanto trabalhar e reconstrução da autoimagem e da autoestima é fundamental no cuidado psicológico.
Relações sociais e estigma: A nova condição pode alterar as dinâmicas sociais e afetivas, ser acompanhado por um profissional nessa reintegração social, sem pressa e sem idealizações torna o processo bem mais humano.
A proposta da terapia é acolher o sofrimento que não se vê – o luto pelo corpo que já não é o mesmo, as dores fantasmas, os sentimentos de inadequação, vergonha, medo e raiva, enfim acolher todas as emoções. Não existe emoção “errada”. O espaço analítico é um lugar seguro onde o analisando pode expressar culpa, revolta, medo do futuro, todas emoções complexas e muitas vezes contraditórias.
A escuta clinica é, a forma mais adequada de devolver ao sujeito a possibilidade de significar e/ou ressignificar sua experiência – e não apenas sobreviver a ela.


