Burnout: quando o cansaço vira sinal de alerta
- Antonio Irineu Aguillera

- 4 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul.

Quando nem o descanso alivia e os dias começam cinzas, talvez o corpo esteja gritando o que a mente silenciou. É preciso parar, olhar para dentro e acolher o que está pedindo cuidado.
Às vezes, a pausa não é fraqueza, é o primeiro passo para recomeçar com verdade."
O nome disso pode ser burnout — uma exaustão física, mental e emocional ligada ao trabalho (ou ao excesso de responsabilidades). Não é “mimimi”, nem frescura. É algo real, sério, e que tem afetado cada vez mais pessoas.
Burnout, é aquele momento em que o corpo e a mente dizem “chega”. Os sintomas variam, mas costumam envolver:
• Cansaço extremo, que não melhora nem com descanso;
• Sensação de estar no automático, como se fosse só mais uma peça da engrenagem;
• Perda de motivação e prazer no trabalho (ou nas coisas em geral);
• Dores no corpo, insônia, crises de ansiedade ou choro fácil;
• Falta de sentido: “Para que tudo isso mesmo? ”
Muita gente só percebe que está esgotada quando já passou do limite. Às vezes o corpo fala mais alto que a mente, e cobra.
Mas por que isso acontece?
Vivemos numa sociedade que valoriza o “fazer” mais do que o “ser”. Produzir virou uma forma de provar valor, de se sentir “alguém”. E quando o trabalho ocupa esse lugar tão central na vida, qualquer frustração ou excesso começa a machucar, por dentro e por fora.
Na psicologia (e na psicanálise), a gente entende que o burnout não surge do nada. Ele tem tudo a ver com como cada pessoa se relaciona com o trabalho, com seus próprios limites, com a cobrança interna, e até com ideais.
E o que fazer?
Primeiro: você não precisa dar conta de tudo. Nem sozinho(a). Reconhecer que algo está errado já é um grande passo.
Segundo: vale a pena procurar ajuda. A psicoterapia é um espaço seguro para entender o que está te levando a esse esgotamento, reorganizar prioridades e (re)descobrir novos sentidos para a sua vida — dentro e fora do trabalho.


